Será que o hacker é um criminoso informático como a opinião pública e os media o classificam? Na minha opinião e erradamente difundido, principalmente pelos media que classificam o hacker como criminoso informático, não passa de um total desconhecimento pela verdadeira acção hacker. Infelizmente, muitos órgãos de comunicação social confundem hackers com crackers, não percebendo se hoje existe mais informação, cultura e conhecimento a que qualquer cidadão comum pode aceder livremente, tudo isso é possível graças à comunidade hacker. Também não passa de uma grande pressão por parte de grandes grupos económicos, com o apoio de políticos que deveriam “equilibrar as forças” e proporcionar ao cidadão escolher livremente os seus programas, os seus conhecimentos, impondo e cedendo aos grandes grupos, através de legislação que limita essa liberdade. É óbvio que a maioria das acções dos hackers são moralmente erradas, e às vezes ilegais. Mas a moralidade e justiça são coisas relativas ainda mais que a “coisa” justa e a “coisa” ilegal nem sempre são compatíveis.
Façam uma reflexão e pensem que se não fosse a comunidade hacker, hoje milhões de pessoas não estariam a fazer compras seguras pela internet. Havia um controlo absoluto sobre as actividades que se fazia no computador. Mesmo havendo alguns casos de roubo de identidade, aqui e acolá, nunca foi tão seguro navegar na internet como os dias de hoje. Graças a essa comunidade que descobriram e descobrem falhas nos sistemas de segurança.
Um exemplo concreto é o sistema Windows que é utilizado aproximadamente em 90% dos computadores em todo o mundo. Centenas de falhas de segurança deste sistema são descobertas todos os dias e somente algumas são publicadas pela própria Microsoft. Todas as outras são divulgadas em sites especializados em segurança digital.
Imaginem em todo o mundo a utilizar um único sistema escondendo todas as falhas gravíssimas de segurança. Imaginem para onde era enviada toda a informação, (desde da sua vida privada, dados bancários), desde controlarem tudo o que você fazia e escrevia na internet, etc. Eu não quero imaginar, e para terminar, citando um célebre pensamento de Confúcio: “O sábio não se aflige por não ser conhecido dos homens, ele aflige-se por não conhece-los”.
Eduardo Martins
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
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