Os hackers formam uma comunidade de peritos em sistemas de rede e programação onde domina, sobretudo, a entreajuda e partilha do conhecimento adquirido. Foram eles que ajudaram a construir a Internet, a desenvolver software de código fonte aberto (Open Source) cujo mais conhecido é o Linux, um sistema operativo derivado do antigo Unix, e até mesmo a mais conhecida suite de produtividade que é o Openoffice. Bem podemos agradecer-lhes pois, hoje em dia, conseguimos adquirir um computador e instalar todo o tipo de software livre permitindo assim baixar o custo do material informático. Isto leva a que haja mais igualdade no acesso aos meios tecnológicos pela maioria da população e ajuda a combater o monopólio que detêm algumas empresas a nível global.
Infelizmente, muitos jornalistas e escritores usam, erradamente, a palavra hacker para descrever crackers. Esses são indivíduos que se vangloriam de invadir sistemas informáticos, bancos e instituições públicas, entre outros, causando elevados prejuízos financeiros e tudo para proveito pessoal. Esta confusão na utilização das palavras origina uma falta de clareza que deve ser muito irritante para a vasta comunidade de hackers.
A diferença básica é esta: o hacker constrói coisas e o cracker destrói-as. Por isso, atrevo-me a dizer que os hackers são uma ajuda importante para o desenvolvimento tecnológico e cultural.
José Silva
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